domingo, 13 de março de 2016

Meus sinceros tempos.

O fim no meio
é começo de um bom poema,
porque o começo do fim
é quando não vemos o meio.

O poeta não enxerga
nem o meio, nem o fim.
E o começo é tão confuso 
que não faz sentido enxergar.

Mas sou gauche,
e só não enxergo o que não existe.
Porém é capaz que no auge da minha solidão,
eu consiga ver até isso.

Amor, eu te vi
desde o começo.
E senti-te em seu meio.
Mas o fim, linda, feito um aborto foi deixado de lado.

O fim não foi real.
O amor não teve fim.
Mas foi real demais
meu amor por ti.

Feito meio copo de cerveja deixado de lado pra esquentar,
feito um filme de ação sem sangue.
Como uma punheta mal batida,
nós não atingimos nosso orgasmo conjugal.

Agora quieto, gauche, eu vejo.
Nosso fim nem começou.
Porém o meio foi-se embora há tempos.
Começo a me perguntar quando acabará esta porra.