sábado, 19 de setembro de 2015

Um burro falando errado é ignorância.
Um intelectual falando errado é ironia.

As tormentas espaçadas

As tormentas estão mais espaçadas. Pensei que já teria passado este mar tortuoso, ele é arisco. No momento em que você acha que chegou em águas calmas vem de fronte uma onda que quase engole o navio e te faz reconstruir tudo de novo. As tormentas estão mais fortes.

Maldita Rainha que me pois aqui. Pensei que encontraria luxo, riquezas, mulheres; mas não, vivo de rum, escorbuto e suor. Tudo por causa daquela mulher. Arrrr se um dia eu a visse de novo. Se pudesse simplesmente falar pra ela tudo que me fez passar por motivos tão pequenos que não merecem nem estarem aqui.

Os corsários me cercam todos os dias, eu me rendo todos os dias. Mas por algum motivo estranho eles se recusam a me matar. Talvez eles sejam cruéis o bastante pra perceber que continuar aqui é minha maior dor. Ou vêem que o navio não tem nenhum tesouro.

Toda manhã eu vejo minha saída deste inferno que boia, aquelas ilhotas sempre me confundiram. Como conseguem se camuflar tão bem a ponto de acharmos seguros para descer. Talvez seja o canto das serias que me traga aqui.

Eu me apaixonei por uma sereia uma vez. Pior decisão já feita. A peguei cantando pro segundo imediato logo depois de mim. Eu também fingi que não vi quando ela o levou pro fundo do mar, dói menos.

Escrevo isto porque não tenho mais esperanças, espero que quando alguém encontrar, por favor, ache-a! E traga-me! Porque um marujo sem riquezas tudo bem, mas um homem sem esperanças não é um homem. É apenas um morto que ainda não se deitou.

sábado, 12 de setembro de 2015

Not religious

I'm a Brazilian. To people that don't know, it's the big piece of samba, soccer and butts in South America.
Growing up at a city that was very catholic I saw how religion influence people in a lot of ways.
My family is very open-mind so when I was 8 I decided to became a Buddhist. And my mom, she's Spiritualist, just supported me.
A lot of religions popped into my head at the moment that I discovered that I had to believe in something and I had to choose a god to be my paw.  Thinking about believing I started to search in books and the internet about the infinite of gods that humanity created. Then I found Buddha, just a guy who want to live in peace according to his thoughts. "Man! That's the dream", I remember that I thought exactly these words when I read about it.
So I became a Buddhist, and I passed 6 years being. Then in a Sunday morning, when I was studying American History(for fun, I'm a strange person) I found Deism. Deism is more a category than a religion. It's described like: It's your way to see a god, with your thoughts and your dogmas.
And again I thought: "Man! That's the dream". I don't want to follow someones thoughts about god. I know him/her/it better than anyone for me. So I should tell me what is it and what to do, even if he/she/it doesn't exists. 
I'm not against god, if you want to believe or not that's your problem. I'm against religion, no one can tell what is god, because god is something that only us can describe. God is like a color, we'll never know exactly the way the guy next sees a marine-blue, and he can be a color-blind. That doesn't matter. So let's start keep our god to ourselves and let the others discover theirs.
Pensamentos inteligentes não tornam as pessoas geniais. Porém pessoas geniais transformam pensamento em inteligência.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Never Forget


I'll never forget the little girl from Vietnam running naked and burned to the camera.
I'll never forget the monk that was carbonized by soldier for liberty of religion.
I'll never forget Guantanamo.
I'll never forget Iraq.
I'll never forget Fat Man and Little Boy.
I'll never forget Africa and the dictatorships in South America.
I'll never forget Aylan.

Nunca esquecerei a face daqueles que viram as torres caírem.
Nunca esquecerei do som que a Torre 2 fez ao cair.
Nunca esquecerei as histórias de todos aqueles que não foram trabalhar no dia.
Nunca esquecerei, principalmente, daqueles que foram trabalhar no dia.
Nunca esquecerei da bravura dos bombeiros e da honradez dos policiais.
Nunca esquecerei que mesmo descomunalmente jovem lembro da face da minha família.
Nunca esquecerei que o século em que vivemos começou naquele momento.

O Estados Unidos é vilão? O Estados Unidos é vítima? Hoje eu vi gente dos dois polos, na interweb em que habito, falando que todos do EUA deveriam morrer junto com seu imperialismo que causa fome na Africa e etc até pessoas falando que o EUA deveria matar todos os muçulmanos que atacam os cidadãos de bem sem motivo algum. Tudo que consigo abstrair disso é que, hoje em dia, somos muito políticos. As pessoas conseguem enxergar as coisas com uma visão tão gélida quanto o corpo do garotinho sírio(as vezes tem de ser indelicado pra entender-lhe).
O EUA é isso, o EUA é aquilo. Primeira coisa, antes de qualquer Estado o ataque foi aos humanos. Não me importa se eles comem hambúrguer ou tabule. A "América" é culpada por inúmeras coisas mas também é vítima de várias, esse dualismo político só mostra o quão atrasado nós somos em matéria sociológica.
"Today a way of life came under attacked" but how many you fought against?

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Sobri'ei

As estrelas se foram
A festa acabou
Sobri'ei-me

A garrafa tentou
Meu fígado gritou
Mas como um anjo caído
Até o fim aguentou.

E aqui estou
Na sargeta
Esperando
O próximo táxi.

Escrevo

Não é uma opção,
é uma súplica da alma.
Não é um botão,
é o que me tira a calma.

Lápis na mão,
mas na mente o coração.
Deixando a palavras escorregarem
no papel, pra não tocar o chão.

Felicidade era mais fácil
quando desconhecia este poder
de deixar meu coração sereno
só fazendo o grafite correr.

Talvez sejam os hormônios,
Talvez a alma,
ou o que eu comi na terça.
Mas escrever é o que me vira cabeça.

Elas

Que amor é este
que me toma,
e me faz zumbi
diante a teu rosto?

Que paixão é está
que já reside em mim,
e me faz escravo
de tuas lindas pernas?

Pra sempre na
minha mente,
e nunca em
meus lábios.

Pra sempre na
imaginação,
mas nunca em
meu corpo.

Talvez a escravidão
me fechou os olhos
e hoje torno-me cego
por livre arbítrio.

Talvez o amor,
me libertará daquela.
Criando pra mim um quilombo
com ela de Zumbi.

Meu irmão

Nas noites solitárias
é que eu me encontro.
Conversando apenas
com meu único irmão.

Duas almas e
só uma sombra.
Duas vozes em
apenas um coração.

Assim vou me descobrindo.
A cada passo um argumento,
numa lúgubre caminhada.
Só eu e meu irmão.