sábado, 28 de novembro de 2015

Poema sobre o mal gerenciamento do abastecimento de água na gestão do Alckmin.

Meu coração é uma caixa d'água.
Não cabe muito, na verdade é simplória
e serve pra um coisa só.
Mas feito cisterna se enche na chuva.

Se cada gota que caíra
pudesse contar nossa história,
me encontraria feliz em lhe abastecer
enquanto o Cantareira descansa.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

I have the right to live
I have the right to write
I have to write to live
That's what makes write so right

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Sonhar — amar; amar, talvez sofrer.

"Morrer — dormir; dormir, talvez sonhar".
Sonhar  amar; amar, talvez  sofrer.
O ideal persegue de tal maneira a minha mente que ela se tornou um antro de ninhadas e ninhadas de ideias. Elas que pulam, gritam, saltam e se agitam reverberando o ,já, eco da maldição. 
Platão não quis se referir a pessoas como eu quando se referiu ao amor. Ele para o filósofo lutador é a busca pela beleza, em sua essência. Talvez esse seja o problema, acha coisa mais bela que o perfeito? Acha coisa mais perfeita que o ideal? Acho coisa mais ideal do que o inexistente?
Todo poeta se encontra em uma dessas fases. Pablo Neruda em seu auge escreveu Bela, que nada mais nada menos se refere a uma mulher, que pra ele naquele momento era o forma da perfeição.
"Quem dera eu achasse um jeito 
de fazer tudo perfeito, 
feito a coisa fosse o projeto 
e tudo já nascesse satisfeito"
Mário Quintana prova aqui a segunda fase da poesia, a eterna procura pelo ideal. Ele só declara que sua perfeição é inatingível, ou seja ideal. 
E por fim, um dos meus poetas favoritos, Fernando Pessoa mostra aqui fazer parte da terceira fase poética denominada nessa tentativa de aprofundamento lírico. 
"Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já me não dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou

E hoje é já outro dia."
Não acho jeito melhor expressar o amor ao inexistente do que buscar a beleza em tudo aquilo que passou ou que vai passar. Aqui o Ideal, o Perfeito e o Amor se mesclam em um ballet não sincronizado mas de qualquer jeito belo.
Encerro agora esta tese mequetrefe que não teve base, nem argumentação com uma conclusão mais abstrata ainda.

"Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um."

-Fernando ,sempre me cativa.

Somente aquele que entende o nada enxerga o tudo.


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Maldito filósofo grego.

Deixando claro,
eu não tenho poder
nenhum sobre você.
Você é sua, e apenas.
Mas por mim:

Pode ser santa,
piriguete;
Pode ser donzela,
heroína;
Pode ser moça,
velha;
Pode ser plebéia,
rainha.

Queira fira,
ferida;
Queira ame,
amada;
Queira peralta,
tranquila;
Queira sonsa
apaixonada.

Lhe clamo uma coisa
que me poupará muita dor,
por mais que eu seja lacônico,
de tudo que possas ser;
de tudo que possas fazer
só não seja platônico.