sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Passos

As visitas a Passos, eram as melhores.
Não sei o que acontece lá, parece que a comida tem mais sabor, o ar é mais fresco e o tempo passa deu uma maneira tão lenta que daria pra colocar um mês inteiro de São Paulo lá.
Lá, onde o pão de queijo é autêntico, feito pela minha Tia Leonita que não poderia expressar sua sabedoria sem aquela sua simplicidade. As vezes sinto vontade de voltar, só pra abraçar e sentir que o tempo parou, mesmo que parasse por um instante.
As conversas com meus primos de cabelos brancos ou nenhum cabelo, onde discutimos tudo quanto é assunto e sempre antes de chegar à alguma conclusão, o café fica pronto, mas nunca saí de lá sem aprender alguma coisa.
As galinhas no quintal, do tempo que era tão imenso, tão imenso que parecia que eu poderia explorar aquele local por dias e pude. Me aventurei em jabuticabeiras, limoeiros e muitos outros, lutei contra o terrível exercito de galinhas e fui um pirata cavando um tesouro. Hoje o quintal diminuiu mas vai ficar pra sempre guardado como aquela selva gigante que meus sonhos se aventuravam a desbravar.
A feirinha na frente da casa da minha tia, vendia-se pulseiras, colares e galinhas, sempre queria levar uma, mas acabava ganhando um colar de um time de futebol, e terminávamos comendo pastel.
Não me esquecendo da minha Tia Marta minha brava companheira que me acompanhava nas minhas desventuras no quintal, me ajudava a armar a arapuca pra derrotar aquele perverso exército de galináceos.
Isso é tudo que conheço de Passos, e pra sempre lembrarei assim. A cidade onde o tempo tem preguiça, o pão é mais gostoso e eu era um aventureiro.

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