sexta-feira, 10 de outubro de 2014

As maritacas atrás de casa



Hoje fui ler lá fora.
E quando começo a ler meu incrível livro preferido sobre economia, ouço um som que ecoou no fundo da minha memória e me deixou igual o crítico no Ratatouille.
Aquele canto desafinado que mais parece um gato sendo assassinado, me lembrou de quando era criança, desde quando tinha dois anos até 13 ouvia aquele canto.
Com dois, quando chegava da escola, sem nem ligar pra hora do Brasil, todo sujo e com fome.
Com três, quando chegava da escola, depois de morder a maioria da classe, inclusive a professora.
Com quatro, quando continuava a morder todos, só que agora aprendi a pedir desculpa.
Com cinco, quando não mordia mais as pessoas, a não ser que alguém escolhesse o power ranger preto, porque EU SOU O POWER RANGER PRETO(até hoje).
Com seis, quando a única coisa que pensava era ganhar muito dinheiro(sim, foi ai que minha "tara" por economia começou) e me formar em química e física(eu era tão ingênuo).
Com sete, continuava a pensar a mesma coisa, só que agora decidi que faria as faculdades em Harvard(continuava extremamente ingênuo)
Com oito, quando voltava e ia logo assistir Dragon Ball e Digimon.
Com nove, quando voltava correndo, porque descobri que antes de Dragon Ball tinha algo muito melhor chamado Pokemon.
Com 10, quando voltava da aula ,que eu sou apaixonado até hoje(redação), e corria pra ver Pokemon.
Com 11, quando voltava da aula pra ficar revoltado que trocaram o desenho por jornal.
Com 12, quando percebi que o jornal não é tão mal assim.
Com 13, quando descobri que meninas são melhor que jornal e Pokemon.
Em todos esses momentos aquelas aves de canto engraçado estavam comigo. Porém conforme os anos passavam eu  parei de ouvir o canto, e hoje não ouvira mais a melodia da minha infância.
Mas hoje eu sai do meu lúgubre quarto, e ouvi a mais bela sinfonia de aves que alguém poderia ouvir.
Ao ouvir aquilo não tive vontade de dormir, de chorar, nem de por minha lancheira nas costas mas me deu vontade de ...
E graças à esse canto, eu percebi, qual  a minha necessidade vital; o porque de eu acordar de manha; a minha mania; a minha neurose:

ESCREVER!

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